O WhatsApp Pagamentos (ou WhatsApp Pay) foi liberado pelo Banco Central há alguns dias e, agora, trabalha para ganhar espaço no mercado. Pensando nisso, o Facebook adotou a estratégia de pagar os bancos por cada transação realizada no mensageiro. O objetivo é fazer as empresas estimularem seus clientes a usarem o serviço.
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WhatsApp Pagamentos (Imagem: Divulgação/WhatsApp)
A informação é do Mobile Time, que aponta um pagamento do Facebook para os emissores de cartão que suportam o WhatsApp Pagamentos: Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú, Mercado Pago, Next, Nubank, Sicredi e Visa. Segundo o site, a remuneração é feita tanto para o banco que envia o valor, quanto para o que recebe.
Os valores do acordo não foram divulgados e variam conforme o banco. O Facebook pode pagar uma porcentagem sobre o valor da transação ou um valor fixo, de acordo com o que foi negociado com o parceiro. Os pagamentos relativos às transferências no WhatsApp são intermediados pela Mastercard ou Visa.
Ainda de acordo com o Mobile Time, o Facebook espera obter retorno do investimento com mais autorizações do Banco Central. A empresa busca permissão para realizar vendas e pagamentos com cartão de crédito no aplicativo de mensagens. Com a mudança, a companhia receberia parte da taxa paga pelos lojistas a uma rede de adquirência como a Cielo, parceira no WhatsApp Pagamentos.
Bancos disputam espaço no WhatsApp Pagamentos
A chegada do WhatsApp Pagamentos fez os emissores de cartões parceiros divulgarem a solução. O Itaú, por exemplo, anunciou que pretende se tornar líder em transferências pelo mensageiro. É o que apontou, em entrevista ao Tecnoblog, o diretor de pagamentos e negócios digitais do Itaú, Rubens Fogli.
O executivo explicou que a ideia é levar uma experiência melhor aos clientes. Ele destacou o trabalho do Itaú em outras carteiras digitais. O banco tem mais de 70% de participação no faturamento no Samsung Pay, Apple Pay e Google Pay. O resultado veio com a ampliação do número de clientes nos serviços, passando de 2 milhões, em 2019, para 6,5 milhões, em 2021.