A maioria dos computadores modernos é capaz de executar sistemas operacionais com interfaces bastante atraentes e cheias de efeitos, como no caso do Windows 7 e algumas versões do Linux, mas quando ele é ligado sempre temos que olhar aquela tela preta rudimentar que exibe as informações essenciais do hardware. Essa etapa do processo de inicialização (também chamada de “boot”) é executada pelo BIOS, e hoje vamos conhecer um pouco mais sobre essa tecnologia.
Sigla que significa “Basic Input/Output System”, a BIOS é um chip minúsculo localizada normalmente nas bordas da placa-mãe e é a primeira coisa que começa a funcionar quando se liga o computador. A primeira etapa é a leitura das informações contidas no CMOS (Complementary Metal-Oxide-Semiconductor) com as configurações personalizadas pelo usuário no SETUP.
A maioria dos SETUPs possui esse visual
Usuários que já se aventuraram a mexer com os componentes do PC devem se lembrar do apito que a placa-mãe emite quando esquecemos de colocar alguma peça, como memória e processador, aviso emitido pelo POST (Power On-Seft Test) quando detecta alguma irregularidade, verificando se todos os componentes estão funcionando corretamente antes de iniciar as rotinas necessárias para carregar o sistema operacional.
Depois dessas duas etapas é que vemos as informações de hardware na tela, mostrando detalhes do processador, memórias e discos rígidos e etc, onde também é verificado quais dispositivos são inicializáveis (como drive de CD/DVD, discos ou até mesmo um pendrive) e então começa o processo de boot do sistema operacional propriamente dito, conhecido como boostrap.
Durante a etapa de exibição de informações na tela a BIOS exibe qual tecla deve ser pressionada para interromper a inicialização, tipicamente ESC ou DELETE, e entrar no SETUP, onde é possível configurar vários detalhes do funcionamento do sistema, como overclock, dispositivo de inicialização primário, configuração de memória, gerenciamento de energia e muitas outras opções.
O interessante da tela de SETUP é que ela sempre funcionará na mesma velocidade, independentemente se o seu computador for equipado com um Intel Core i7 de última geração e 12 GB de memória ou um Pentium 2 antigo, pois a BIOS é uma entidade independente do resto do hardware, então qualquer upgrade na máquina não influenciará no “desempenho”.
Aos poucos os fabricantes estão começando a implementar novas formas de iniciar os computadores de última geração devido às limitações da BIOS, uma tecnologia que não é atualizada – acredite – desde a primeira geração de PCs. Além das limitações naturais de algo com décadas de existência, a presença do chip aumenta o tempo de boot em mais de 10 segundos, algo que na época de sua criação poderia até passar despercebido, mas hoje incomoda e muito os usuários com computadores mais potentes.
E você, tem o costume de mexer no BIOS do PC?
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