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Viagem ao Vale do Silício: visitamos o Googleplex, sede do Google!

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Nossa visita à sede do Google foi repleta de surpresas, desde a chegada a Mountain View. A primeira impressão foi certeira: o Google é realmente gigante. Tão grande que ocupa praticamente um bairro inteiro no Vale do Silício (são cerca de 45 prédios), e que mais parece um Campus de uma universidade. O melhor é que tudo lá dentro possui acesso muito fácil, com indicações nas estradas, até efetivamente a entrada da sede na 1600 Amphitheatre Parkway. Tudo é tão bem sinalizado que nem conseguimos ficar perdidos.

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Aqui, até a avenida recebe o nome do Google

Vimos muitos carros elétricos (inclusive a van preta da foto abaixo – cuja função é passear pelos prédios distribuindo deliciosos “snacks” para os funcionários e visitantes – ligada na tomada para recarregar as baterias), assim como dezenas de bicicletas com as cores do Google.

Segundo um funcionário que parou para falar conosco, essas “Google Bikes” estão livres para uso tanto por colaboradores quanto por visitantes. Não possuem cadeado nem GPS, ou seja, é só pegar uma e sair pedalando!

Além de ajudar o pessoal a manter a forma, isso também mostra a preocupação da empresa em ser “verde”, já que mesmo a sede da empresa se extendendo por vários quarteirões, são as bicicletinhas o meio de transporte mais comum em todo o complexo.

Van elétrica, ligada na tomada!

Claro, já que fomos até lá não poderíamos deixar de experimentar uma das Google Bikes.

Apesar de relativamente pequenas elas são bastante confortáveis, ideais para quem deseja circular de um prédio para outro, já que a região toda é bem plana.

Após o uso, não é necessário devolvê-las em um local específico. Durante o dia funcionários da empresa as recolhem para os chamados “bolsões” de estacionamento. Isso é extremamente interessante porque você pode simplesmente pegar uma “Google Bike” que está perdida na esquina e sair pedalando, e vimos várias largadas nessa situação.

Agora, o mais engraçado foi ver o pessoal pedalando de roupa social com seus notebooks na cestinha. É a típica quebra de paradigma que os fundadores da empresa sempre buscaram.

Ah, justamente pela facilidade de acesso às bicicletas, foi noticiado tempos atrás que uma delas foi furtada e estava sendo vendida no eBay, da concorrente Yahoo!, algo que fez o Google acionar a polícia e a recuperar sem maiores problemas (e que fique muito bem claro: nós não tivemos absolutamente nada a ver com isso, hein? Hehehehe).

Chegando ao Prédio

Ao efetivamente chegarmos ao prédio principal, fomos convidados a conhecer a empresa guiados por um funcionário brasileiro, que inclusive nos convidou para almoçar.

Recepção dos funcionários no prédio 43, o principal do Google

Pudemos perceber a grande quantidade de funcionários estrangeiros – principalmente indianos e asiáticos –, e a preocupação do Google em agradar a todos, fazê-los se sentir em casa oferecendo sempre as melhores condições de trabalho possíveis, e isso pode ser visto inclusive nos, digamos, “refeitórios”.

Muitos prédios têm verdadeiras praças de alimentação, cujo acesso é feito pelo uso do crachá do funcionário. Uma vez identificado a porta é aberta, e isso vale para convidados, amigos e principalmente para a família, que pode ser levada para passar o dia e almoçar também, com acesso a todas as dependências, sem restrições (até os cachorros são muito bem vindos!). Os familiares, inclusive, podem participar de atividades recreativas, tais como aulas de dança, esportes, ginástica laboral e outros cursos que a empresa oferece para seus funcionários.

Lá pudemos observar um bartender fazendo coquetéis (cada dia ele está em um prédio diferente, em um dos restaurantes), além de um espaço para bandas realizarem shows ao vivo.

Praça de alimentação no prédio 43

O funcionário que nos acompanhou contou que, uns dias antes da nossa visita, nada menos que Larry Page, um dos fundadores do Google, estava almoçando tranquilamente na mesa ao lado da dele!

Voltando ao almoço, são realmente muitas opções de cardápio, que variam entre cozinha asiática, mexicana, italiana, com direito a massas e pizzas, assim como sanduíches, frutos do mar e ainda a possibilidade de se pedir grelhados. Máquinas com bebidas à vontade, assim como sorvetes/frozen yogurt espalhadas pela praça completam o ambiente. Claro que uma empresa desse porte não ia deixar de oferecer Wi-Fi gratuito em todo o complexo (inclusive para algumas empresas “vizinhas”), exigindo apenas que você utilize seu login e senha de alguma conta Google, como o Gmail, por exemplo.

Continuando nosso tour, no lobby principal estava instalada uma tela de cerca de 60 polegadas sensível ao toque, em forma de celular Android, rodando o clássico Angry Birds. No outro canto da sala, um simulador 360º do Google Earth permitia aos visitantes entrarem praticamente em uma nave ao controlarem a ferramenta da empresa em um sobrevoo por qualquer cidade do mundo, já que o simulador domina toda a visão do participante. Aqui foi nossa única restrição, pois não pudemos tirar fotos. =(

Por falar em Android, o robozinho do Google tem um prédio só pra ele!

Prédio 44, devidamente decorado para a equipe do Android

Nos jardins na frente do prédio é possível ver todas as versões do Android lado a lado, desde Cupcake até a feita para tablets, conhecida como Honeycomb (todas as fotos estão na nossa galeria, confira!). Esse é um dos locais mais visitados por turistas.

Passamos pelos escritórios e algo que pudemos reparar foi a grande quantidade de computadores Mac, maior até que PCs. O funcionário nos informou que a maioria opta por usar a plataforma Unix, devido ao acesso facilitado as ferramentas de trabalho. Interessante.

Porém, o que mais chamou mesmo a nossa atenção durante todo o passeio foram os detalhes em todos os lugares, desde esqueletos de tiranossauros como se estivéssemos no Jurassic Park, passando por cabines telefônicas no melhor estilo britânico dentro dos prédios e até mesmo os bancos e mesinhas espalhadas pelos gramados, como se fosse um verdadeiro campus universitário, totalmente informal, parecendo mais uma escola que uma empresa.

Um tiranossauro no jardim e o funcionário trabalhando tranquilamente…

Um pouco de historia

O Google teve início em janeiro de 1996 como um projeto de pesquisa de Larry Page e Sergey Brin, quando ambos eram estudantes de doutorado na Universidade Stanford, na Califórnia.

Os seus trabalhos estavam baseados num motor de pesquisa denominado “BackRub”, que funcionou durante mais de um ano nos servidores de Stanford, até começar a consumir excessivamente a largura de banda para as necessidades da universidade. O BackRub checava backlinks para estimar a importância de um site quando feita uma busca.

A tese era a de que enquanto os motores de busca convencionais exibiam resultados classificados pela contagem de quantas vezes os termos de busca apareciam na primeira página, os dois discutiam a respeito de um sistema aprimorado, que analisava as relações entre os sites. Eles chamaram esta nova tecnologia “PageRank”, onde a relevância de um site era determinada pelo número de páginas, bem como pela importância delas, que ligavam-se de volta para o site original.

Curiosidades

Leia os outros capítulos dessa nossa série. Conheça mais locais interessantes do Vale do Silício!

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