Um smartwatch, um celular e um sistema de vigilância residencial foram fundamentais para esclarecer um assassinato na Grécia. O caso, que aconteceu no subúrbio de Atenas em maio, chamou atenção nesta semana após dados coletados pelos aparelhos contradizerem o depoimento do marido da vítima e ajudarem a polícia a desvendar o crime.
Inicialmente, as autoridades trabalhavam com a hipótese de que o assassinato teria ocorrido durante uma invasão de criminosos à residência do casal. Com o marido amarrado, a mulher teria sido morta antes dos supostos assaltantes levarem pertences e até o cartão de memória das câmeras de segurança.
2 de 3 Relógio smart consegue até mesmo fazer eletrocardiograma — Foto: Helito Beggiora/MC PROJETOS
Relógio smart consegue até mesmo fazer eletrocardiograma — Foto: Helito Beggiora/MC PROJETOS
As investigações começaram a mudar de rumo quando os policiais identificaram que o horário da morte descrito pelo marido, o piloto de avião Babis Anagnostopoulos, de 32 anos, não coincidia com as informações registradas pelo sensor de batimentos cardíacos do smartwatch da vítima. Seu coração ainda estava batendo no horário da morte alegado pelo parceiro.
O monitor de passos – também chamado de pedômetro – no smartphone do marido também atestou movimentos no entorno da casa onde ocorreu o crime durante o período em que ele afirmava estar imobilizado. Além disso, dados da câmera de segurança mostraram que os cartões foram, na verdade, removidos mais de três horas antes do incidente. A polícia tampouco encontrou vestígios da suposta gangue responsável pelo latrocínio.
3 de 3 Exemplo de câmera de segurança conectada à internet — Foto: Divulgação/Foscam
Exemplo de câmera de segurança conectada à internet — Foto: Divulgação/Foscam
As informações registradas pelos aparelhos foram suficientes para converter o marido no principal suspeito do crime. O vice-presidente da associação de policiais de Atenas, Nikos Rigas, relatou a um canal de TV estatal que os dados permitiram criar uma linha do tempo que revelou inconsistências no depoimento do piloto. Após oito horas de interrogatório, ele finalmente confessou os crimes. As autoridades não revelaram os modelos ou marcas dos dispositivos.
Esta não é a primeira vez que um wearable – ou seja, um dispositivo vestível – auxilia na compreensão de uma situação. Em 2019, o MC PROJETOS noticiou o caso de uma repórter que descobriu a traição do então namorado por causa de uma pulseira fitness.
Com informações de BBC e The Guardian
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