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Robôs jornalistas – Canaltech

Robôs jornalistas Canaltech

Robô jornalista

Um blog da empresa Narrative Science feito para a revista Forbes está gerando muita polêmica, e o motivo não é seu conteúdo, mas sim quem escreve as matérias: uma máquina.

Isso mesmo, todas as notícias divulgadas no site são feitas por um sistema de inteligência artificial, que é responsável por mantê-lo atualizado com notícias da bolsa de valores. E não para por aí, pois os robôs da empresa já são responsáveis por criar conteúdo para outros locais da web, como, por exemplo, noticiários esportivos, crítica de restaurantes e análise de desempenho de candidatos à eleição.

“Os analistas esperam que a Consolidated Edison apresente ganhos de US$1,04 por ação, 7,2% mais do que um ano atrás, quando ela apresentou ganho de US$0,97 por ação. Nos últimos três meses, a estimativa do mercado subiu de US$1,03. Os analistas projetam ganhos de US$3,75 por ação para o ano fiscal” – trecho traduzido de um dos textos escritos pelo software para o blog na Forbes.

A ideia de trocar humanos por máquinas no trabalho jornalístico surgiu na cabeça de alguns engenheiros e jornalistas da Universidade Northwestern, próximo a Chicago, quando desenvolveram um software capaz de narrar partidas de beisebol, e em 2010 tudo se concretizou quando o grupo fundou a empresa Narrative Science.

Você deve estar se perguntando como um software é capaz de escrever sobre fatos esportivos sem soar como algo completamente mecânico, certo? Pois bem, o que acontece é que ele funciona através da análise de dados já disponíveis na rede, a partir daí, quando recolhe todas as informações das fontes pré-programadas (blogs, sites e twitter, por exemplo), o software analisa o que recolheu e transforma em um texto seguindo padrões configurados anteriormente, de acordo com cada tema desejado pelo cliente da empresa.

O mesmo funciona para todos os outros tipos de notícias, o que as diferencia é a forma de abordagem da matéria, pois um texto relacionado à política com certeza não tem a mesma linguagem de um ligado a esportes, mas a interferência humana ocorre apenas durante a programação dos formulários que serão usados para compor os textos.

Por enquanto o sistema da Narrative Science só funciona em inglês, mas desde o início ele foi projetado para rodar em várias línguas, basta aparecer algum cliente que faça essa solicitação. Aí é só uma questão de juntar profissionais com fluência na língua desejada para configurar a plataforma.

E você, acha que os jornalistas podem ser substituídos por robôs?

“Nós transformamos dados em histórias e conhecimento.” – Descrição encontrada no site da Narrative Science

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