O Procon de São Paulo informou na manhã desta quinta-feira (17) que pediu esclarecimentos da Apple, da Motorola e da Samsung sobre a segurança de celulares. A solicitação foi feita a reboque da revelação de que quadrilhas em São Paulo se especializaram no roubo de aparelhos não para vendê-los, mas sim para acessar aplicativos de bancos e instituições financeiras. O caso foi descoberta pela Folha de São Paulo.
De acordo com o jornal, os criminosos se apropriam dos telefones e fazem transferências para outras contas. O prejuízo pode chegar a milhares de reais. A Folha apurou, por exemplo, que os bandidos conseguem burlar os sistemas de segurança dos aparelhos. Os mecanismos usados por eles permanecem um mistério.
As informações solicitadas pelo Procon-SP
Na nota de hoje, o órgão vinculado ao governo paulista pede uma série de informações a respeito do tema e dá prazo até 22 de junho para receber as respostas. Confira o resumo:
- Laudos técnicos dos testes de validação e eficiência realizados para garantia de segurança no desbloqueio dos aparelhos nas modalidades de senhas, códigos de segurança, reconhecimento de voz e facial, dentre outros.
- Providências para identificação de possíveis problemas de quebra de segurança de acesso e de violabilidade de dados nos aparelhos.
- Forma de recepção, tratamento e armazenamento dos dados fornecidos pelos usuários no momento da habilitação dos respectivos aparelhos.
- Período previsto para o armazenamento dos dados dos usuários – incluindo as imagens e gravações de voz, comprovando a possibilidade de sua atualização e exclusão (no aparelho e de forma remota).
- Custos para utilização dos dispositivos de segurança nos aparelhos e no respectivo sistema operacional.
- Forma de cadastro e armazenamento do “Endereço de Protocolo da Internet – IP” por usuário, bem como dos dispositivos de segurança utilizados na sua identificação, endereçamento, localização e rastreamento de forma remota em caso de furto/roubo.
- Sistemas de bloqueio, exclusão de dados de forma remota e rastreamento, disponibilizados aos usuários/consumidores vítimas de furto/roubo de aparelhos.
O que dizem as empresas
O TechTudo tenta contato com as empresas citadas e vai atualizar o texto assim que receber os esclarecimentos.
Com informações da Folha de São Paulo