O QUIC é um padrão aberto do Google que teve a sua primeira aparição pública em 2013. Agora, oito anos depois, o protocolo tornou-se oficial aos olhos do IETF (Internet Engineering Task Force), órgão que regulamenta os padrões utilizados na internet. Entre suas promessas, está a capacidade de acelerar as conexões entre computadores.
Switch de rede e cabos (Imagem: Martinelle/Pixabay)
O QUIC foi anunciado pela primeira vez em meados de 2013. Naquela época, o Google apresentou a novidade como um recurso experimental do Google Chrome. Depois, em 2016, a companhia submeteu o protocolo ao IETF para que fosse padronizado.
Com a publicação, o QUIC recebeu a formalização do IETF para ser tratado como um padrão oficial. Isto significa que a tecnologia alcançou um nível de maturidade suficiente para ser amplamente implementada. Ainda assim, não se sabe se o padrão aberto do Google será utilizado em larga escala no futuro.
O que é o QUIC, padrão aberto do Google?
A tecnologia recebeu as bênçãos da entidade que regulamenta os padrões usados na internet na semana passada. O QUIC utiliza o padrão UDP (User Datagram Protocol) em sua base e pode ser um substituto ao protocolo TCP (Transmission Control Protocol). Além disso, assim como o UDP, o QUIC promete ser mais rápido que o TCP.
Mas o que significa toda essa sopa de letrinhas? Para começar, o protocolo TCP surgiu em 1974 para administrar a forma como os dados são transmitidos na rede e como as conexões entre os computadores acontecem. O padrão ainda verifica as informações para evitar e se certificar de que nenhum pacote foi perdido nesse processo.
Cabo de rede (Imagem: Fotocitizen/Pixabay)
Além do TCP, há outro protocolo conhecido como UDP (User Datagram Protocol), que até chega a ser mais rápido. A tecnologia, no entanto, não conta com um mecanismo para recuperar os pacotes perdidos. Ou seja, se acontecer algum erro no meio do caminho, a transmissão de dados continua como se nada tivesse acontecido.
O QUIC, por outro lado, possui um recurso separado para retransmitir os pacotes que ficaram para trás, e sem prejudicar o desempenho. Sendo assim, além de ser mais rápido, o pacote sempre chegará ao outro lado desde que a conexão permaneça ativa. Este diferencial garante mais confiabilidade na troca de informações, por exemplo.
Como observado pelo CNET, uma pesquisa do Google publicada em 2017 mostra os avanços que a tecnologia deve trazer. No caso do YouTube, o tempo que leva para os vídeos serem carregados pode ser reduzido em 18% nos computadores e em 15% nos celulares. Em buscas pela web, a queda seria de 8% e 4%, respectivamente.