Para se ter uma ideia de como a crise da sanção do Orçamento tem incomodado o Palácio do Planalto, olha uma das soluções aventadas em um parecer da equipe técnica do presidente Jair Bolsonaro nesta semana: para não ser responsabilizado por eventual irregularidade na LOA de 2021, ele deveria aguardar o fim do prazo regulamentar e não sancionar e nem vetar a proposta aprovada pelo Congresso.
A saída, no mínimo criativa, se baseia no artigo 66º da Constituição, que estipula as regras para sanções de projetos de lei pelo presidente da República. “Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção”, diz o parágrafo 3º do texto. Não haveria, segundo estes auxiliares, uma assinatura de Bolsonaro que o tornasse suscetível a punição por um eventual crime de responsabilidade.
Como o Orçamento chegou ao Planalto há oito dias, o presidente ainda tem mais uma semana para chegar a um acordo com os parlamentares antes de ter que recorrer à sugestão inusitada de seus assessores.
- Mais lidas
BrasilBrasilFlávio Bolsonaro presta queixa na delegacia contra deputado do PSOLPolítica
PolíticaSem essa de golpe militar…Brasil
BrasilMinistro do STF surpreende ao surgir em sessão com cabeça enfaixadaEconomia
EconomiaAssociação de shoppings sobe o tom contra as medidas de restrição em SP
- Leia mais
PolíticaPolíticaEm depoimento, Witzel chora e nega ter recebido vantagens indevidasPolítica
Política‘Tratamento precoce’: cidade-modelo de Bolsonaro tem 100% da UTI ocupadaPolítica
PolíticaBolsonaro pensou em MP para ampliar serviços essenciais na pandemiaPolítica
PolíticaDiretor indicado pelo PL tentou fraudar pagamento de R$ 150 milhões