Grupos religiosos fizeram neste domingo um protesto em frente ao Congresso Nacional contra a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir a governadores e prefeitos a prerrogativa de proibir cultos e missas durante a pandemia. O evento, intitulado Marcha da família Cristã pela Liberdade, reuniu centenas de pessoas, entre católicos e evangélicos. Eles empunhavam faixas “contra o comunismo” e em defesa do presidente Jair Bolsonaro e levavam consigo cartazes e charges contra ministros do STF.
“Estamos plantando semente da liberdade e acordando para a necessidade de luta pelos nossos direitos. Estão sistematicamente tirando nossas liberdades. Quem aqui está fechado com o presidente Jair Bolsonaro lutando pela nossa liberdade?”, disse um dos apoiadores do movimento em cima de um carro de som.
Na última semana, por nove votos a dois, o Plenário do Supremo derrubou uma decisão liminar do ministro Kássio Nunes Marques que havia autorizado celebrações religiosas no feriado de Páscoa. Para Marques, estados e municípios não poderiam editar normas que abolissem atividades religiosas presenciais como medida de enfrentamento à pandemia. Segundo ele, precauções sanitárias como o uso de máscaras e o distanciamento entre fieis seriam suficientes para permitir que a população frequentasse cultos e missas.
Nos protestos deste domingo, houve também manifestações contra uma possível fraude eleitoral na disputa presidencial de 2022. O tema, recorrente em falas do presidente, leva em conta o discurso de que apenas com o voto impresso o eleitor teria segurança sobre a higidez das eleições. O caso é rechaçado por ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, conforme mostrou VEJA, planejam uma certificação das urnas eletrônicas para minar as teses conspiratórias de apoiadores bolsonaristas.
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