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GM do Rockets não se arrepende por troca de Harden

GM do Rockets não se arrepende por troca de Harden

A saída de James Harden iniciou uma nova era no Houston Rockets e coube ao recém-efetivado gerente-geral Rafael Stone encontrar a transação que definiria as bases dos próximos anos da franquia. Uma negociação que trouxe as esperadas múltiplas escolhas de draft e, ainda assim, não agradou muitos torcedores por algumas decisões paralelas. O executivo entende que não deixou parte dos fãs do Rockets satisfeitos com o retorno adquirido, mas garante que não se arrepende dos parâmetros da troca de Harden.

James Harden, ex astro do Rockets / Jumper Brasil Foto: James Harden, ex-astro do Rockets / Jumper Brasil

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“Eu não teria dúvidas em fechar a mesma troca novamente. Vocês não têm a vantagem de saberem todos os detalhes das negociações e, da posição de tomada de decisão, não há uma parte de mim que esteja arrependida. Nunca repensei o caminho que tomamos, pois não tentaremos perder jogos intencionalmente para tocar nosso projeto. Queremos estar em uma posição de não sermos péssimos para reconstruir o nosso elenco”, afirmou o dirigente, rechaçando a ideia do infame tank, em entrevista virtual nessa semana.

O Rockets conseguiu os direitos integrais ou parciais (troca de posição) de oito escolhas de primeira rodada de recrutamento na negociação de Harden com o Brooklyn Nets. No entanto, Stone é questionado por ter escolhido adquirir Victor Oladipo – que acaba de ser negociado por dois virtuais contratos expirantes – em vez de Caris LeVert, além de ter preferido uma seleção de recrutamento do Milwaukee Bucks do que o jovem Jarrett Allen, que deverá ser um dos agentes livres restritos mais badalados da offseason que está por vir.

“Alguém da imprensa escreveu para mim dizendo que só analisará a troca em 2027. Eu respondi que vai ser cedo ainda, deveria deixar para 2030. Pelos ativos que recebemos, eu sinto que não vai ser possível falar nada sobre essa troca nos próximos três ou cinco anos. O que posso dizer é que estamos muito tranquilos sobre o que fizemos. Sentimos que foi a melhor troca possível para o futuro de nossa franquia”, assegurou o gerente-geral, convicto de que reuniu os melhores ativos possíveis para a franquia.

A ideia de reconstrução de elenco de Stone, por sinal, é alinhada com as convicções do seu mentor, Daryl Morey. É uma forma de trabalho diferente do que muitos defendem na liga atual: Morey acumulou uma série de ativos ao longo dos anos, incluindo atletas com contratos flexíveis, e preferiu manter o time minimamente competitiva até ver a oportunidade de adquirir um astro via troca – no caso, Harden. Ele acredita ter dado o primeiro passo certeiro para fazer caminho semelhante nos próximos anos.

“Sinto-me bastante confortável como um time que está no estágio inicial de construção. Agora, nós vamos fazer algumas apostas. Constantes apostas, na verdade. Todas as equipes fazem isso quando estão nesse patamar. Nem todas vão dar certo e o torcedor precisa entender isso. Mas, em essência, não acho que nós precisávamos adotar tank extremo, como alguns times fazem por aí. Não é assim que acreditamos que deva ser uma reconstrução”, argumentou o GM de primeira viagem na NBA.

Stone tem consciência de que, após anos no topo da liga, o torcedor do Rockets vai ter um natural estranhamento com o novo momento da franquia. Mas esses são os novos tempos em Houston – e é preciso confiar em seu julgamento. “Eu não peço desculpas pelo rumo que tomamos. Nos últimos cinco ou seis anos, nós apostamos alto em lutar por títulos sempre. Acho que foi a coisa certa, inclusive, a julgar pelo material humano que tínhamos. Agora, porém, é um novo momento”, sentenciou o dirigente.

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