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Fique por dentro de todos os modelos de memória RAM – Canaltech

Fique por dentro de todos os modelos de memória RAM Canaltech

Quando vamos comprar memória para nosso computador, encontramos tantas marcas e modelos à disposição que ficamos perdidos. Qual modelo escolher? DDR2 ou DDR3? Com qual velocidade? Existe alguma diferença entre um modelo e outro?

O Canaltech criou esse post justamente para explicar o que é cada um desses modelos, desde as antigas memórias SDR-SDRAM (e encontradas em uso ainda hoje) até as futuras DDR4, previstas para se tornarem oficiais em 2015. Confira!

Indice

SDR-SDRAM (Single Data Rate Sincronous Dynamic Random Access Memory):

Essa foi a primeira memória capaz de trabalhar sincronizada com os ciclos da placa-mãe, sem tempos de espera. Esse tipo de memória superava as antigas memórias EDO (Extended Data Out) e FPM (Fast Page Mode) por sua capacidade de dividir os módulos de memória em vários bancos, alocando até oito bancos em um módulo DIMM (Dual Inline Memory Module).

Como o próprio nome diz, elas são capazes de realizar apenas uma transferência por ciclo, o que nos dias de hoje pode parecer pouco, mas na época em que eram padrão todos se orgulhavam de ter pentes com a denominação “PC-100” instalados na máquina 🙂

Mesmo presentes em alguns computadores ainda hoje, são muito difíceis de serem encontradas à venda, pois não são mais produzidas.

Aqui temos os modelos e velocidades desse padrão:

Modelo Clock Base (MHz) Multiplicador Clock Efetivo (MHz) PC-66 66 1 66 PC-100 100 1 100 PC-133 133 1 133

DDR-SDRAM (Double Data Rate):

Memória DDR

As memórias DDR superavam as memórias SDR por sua capacidade de realizar duas transferências por ciclo, o que não necessariamente dobrava a velocidade efetiva (devido ao mesmo tempo de acesso inicial), mas chegavam quase lá.

Essa característica é possível devido à inclusão de circuitos adicionais, responsáveis por ler/escrever dados duas vezes por ciclo. Com exceção dessa alteração, as trilhas tanto dos pentes de memórias como da placa-mãe permaneceram inalteradas, assim como as demais características, o que contribuiu para o baixo preço e popularização desse padrão.

Em programas de análise de hardware como o CPU-Z, a velocidade efetiva aparece com metade do valor real devido à transferência dupla, então um modelo DDR-400 (PC-3200) vai ser mostrado como 200 MHz. Na imagem abaixo fizemos a análise de uma máquina com pentes de memória DDR2, cuja leitura é similar aos pentes DDR:

Mesmo com fôlego para rodar os sistemas operacionais mais atuais, as memórias DDR saíram de linha em favor da geração DDR2. Ainda é possível encontrar modelos à venda em lojas especializadas, mas a um preço bastante salgado.

A quantidade de modelos DDR com velocidades diferentes também cresceu:

Modelo Clock Base (MHz) Multiplicador Clock Efetivo (MHz) PC-1600 100 2 200 PC-2100 133 2 266 PC-2400 150 2 300 PC-2700 166 2 333 PC-3000 185 2 370 PC-3200 200 2 400 PC-3700 233 2 466 PC-4000 250 2 500

DDR2:

A taxa de transferência por ciclo de clock dobrou novamente, e as memórias DDR2 são capazes de realizar quatro transferências por ciclo, mas mantendo praticamente o mesmo tempo de acesso inicial, o que resultava em ótimos resultados em aplicativos que necessitavam de uma grande quantidade de leitura sequencial, mas para aqueles que exigiam apenas alguns acessos aleatórios tiravam pouco proveito dessa velocidade em relação às memórias DDR.

No uso diário de um computador utilizamos vários tipos de aplicativos com necessidades de memória bastante distintas, o que torna difícil de observar grandes diferenças de desempenho em tarefas cotidianas. Na verdade, vários usuários que adquiriram placas-mãe com soquete DDR2 ficaram desapontados na época, pois em várias tarefas umas memória DDR2-533 leva mais tempo para responder do que uma DDR-400.

Ainda encontradas à venda, os módulos DDR2 são capazes de rodar os sistemas operacionais modernos sem gargalos e com bastante fluidez. Elas também são consideradas SDRAM, assim como os modelos subsequentes, então se tornou comum chamar as memórias apenas como “DDR2” ou “DDR3”.

Modelo Clock Base (MHz) Multiplicador Clock Efetivo (MHz) DDR2-533 133 4 533 DDR2-667 166 4 667 DDR2-800 200 4 800 DDR2-933 233 4 933 DDR2-1066 266 4 1066 DDR2-1200 300 4 1200 DDR2-1333 333 4 1333

DDR3:

O modelo DDR2-1066 foi o último a ser reconhecido oficialmente pelo JEDEC (Joint Electron Device Enginnering Council – Conselho Conjunto para Engenharia de Dispositivos de Elétrons), entidade certificadora de memórias, e já operava a frequências altíssimas (266 MHz multiplicado por 4).

A partir desse ponto, como acontece com os processadores, aumentar a clock base aumentava exponencialmente o consumo de energia e geração de calor, então a solução mais efetiva foi dobrar de novo a quantidade de transferências por ciclo.

Essa simples mudança nos circuitos de transferência torna possível a criação de memórias operando a 2133 MHz (266 MHz multiplicado por 8), o que é uma velocidade impressionante mesmo para os padrões atuais.

Se o tempo de acesso continuasse o mesmo, as memórias DDR3 não ofereceriam grandes vantagens em relação às DDR2, mas esses novos módulos trouxeram também um sistema de calibração de sinal, o que diminui a latência sem comprometer o desempenho.

A união de uma velocidade de transferência maior e um tempo de acesso menor ainda supre tanto o mercado de computadores domésticos quanto os de alto desempenho nos dias de hoje, e a grande quantidade de chipsets e plataformas suportadas contribuiu para uma queda drástica nos preços.

Veja os modelos e velocidades:

Modelo Clock Base (MHz) Multiplicador Clock Efetivo (MHz) DDR3-800 100 8 800 DDR3-1066 133 8 1066 DDR3-1333 166 8 1333 DDR3-1600 200 8 1600 DDR3-1866 233 8 1866 DDR3-2000 250 8 2000 DDR3-2133 266 8 2133 DDR3-2400 300 8 2400

DDR4:

Ainda em fase de desenvolvimento, esse novo tipo de memória está previsto para se tornar padrão em 2015, trazendo recursos interessantes como uma voltagem mais baixa (consequentemente um menor consumo de energia), velocidades iniciais de 2133 MHz e chegando até 4266 MHz, além de um tempo de acesso menor.

A Samsung foi a primeira das grandes empresas a impulsionar o novo padrão, validando um exemplar de 40 nm em 2009 e trazendo a público os primeiros exemplares em 2011, fabricados com uma tecnologia de 30 nm.

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