A temporada de 2020 do Palmeiras foi histórica. Campeão do Campeonato Paulista, da Libertadores e da Copa do Brasil, o Verdão sofreu apenas uma grande decepção: o desempenho no Mundial de Clubes. Eliminado na semifinal para o Tigres, do México, o Alviverde terminou em quarto lugar após ser derrotado nos pênaltis para o Al Ahly, do Egito.
saiba mais
-
Empréstimo de Empereur tem cláusula de obrigação de compra
-
Com contrato renovado, Fabinho agradece ao Palmeiras: ‘Estou muito motivado com o que vem pela frente’
-
Boletim: entenda a negociação por Willian Bigode; Palmeiras monitora e Flu tem trunfo
-
Palmeiras e Defensa y Justicia: finais da Recopa terão transmissão apenas no pay-per-view
Para Felipe Melo, o principal motivo das atuações ruins foi o aspecto físico. Em entrevista ao programa “Bola da Vez”, da Espn, o volante lembrou que o Palmeiras disputou o Mundial uma semana depois da conquista da Libertadores e ainda falou da influência do psicológico.
“Sinceramente, não vejo a culpa no psicológico, vejo a culpa na parte física. O psicológico influencia muito, mas a partir do momento que você sai de um título tão expressivo, como é o título da Libertadores, tão almejado. A obsessão do Palmeiras é a Libertadores. Você vai com um sentimento de ‘Caramba, fizemos aquilo que se esperava da gente na temporada'”, disse.
“Mas devido à pandemia, foi brutal a forma que foi exigido do nosso aspecto físico. Quando eu falo físico, eu coloco que a gente sai daqui de São Paulo e vai pra Doha. São cinco ou seis horas de diferença. A gente estava trocando a noite pelo dia, e isso é muito complicado”, completou.
Para exemplificar a dificuldade do elenco do Verdão durante o Mundial de Clubes, Felipe Melo relembrou as primeiras noites em Doha, no Catar.
“Na primeira noite de sono, foi show de bola. Na segunda noite, o pessoal já começava a querer dormir às 22h, já estava batendo aquele sono. Meia-noite, no máximo, estava todo mundo dormindo. Eu às quatro da manhã estava de pé, soltando fogos porque eu consegui dormi bem pra caramba. Eu lembro quando abriu o café da manhã às sete da manhã e já estava todo mundo lá”, revelou.
O jogador de 37 anos ainda falou sobre as outras equipes que disputaram o Mundial. Para o mio-campista, a menor quantidade de jogos durante e a proximidade dos países de origem com o Catar favoreceram Tigres, Al Ahly e até o próprio Bayern de Munique, campeão do torneio.
“A gente pegou o time mexicano que teve, ao invés de 80 jogos na temporada, 40 jogos na temporada, que chegaram uma semana antes. O Bayern estava do lado, praticamente. O último, que nós perdemos nos pênaltis, do Egito, estava ali perto, inclusive tinham muitos torcedores no estádio. Então, não foi fácil. No segundo jogo, eu via que os meninos já estavam cansados. Se os meninos estão assim, imagina nós que temos um pouco mais experiência e vivência no futebol. Foi bem complicado, não tivemos tanto tempo”, explicou.
Felipe Melo, no entanto, atribuiu a culpa da carga de partidas na pandemia de covid-19. O volante também reforçou que o Palmeiras deu a volta por cima com o título da Copa do Brasil.
“Não tem condição de colocar culpa em ninguém, porque a pandemia fez com que isso acontecesse. Nós fizemos o nosso melhor. Graças a Deus, nós voltamos e demonstramos mais uma vez o nosso valor ao vencermos a grande equipe do Grêmio na Copa do Brasil”, finalizou.
Gazeta Esportiva
- 0
- comentários