O Facebook está trabalhando em uma versão do Instagram voltada para crianças de menos de 13 anos. A empresa afirma que o objetivo do novo app é garantir mais segurança a este grupo. No entanto, um grupo de autoridades nos Estados Unidos questiona o plano e pede que ele seja abandonado.
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Instagram (Imagem: Oleg Magni/Unsplash)
Em carta divulgada nesta segunda-feira (10), 44 procuradores-gerais dos EUA pedem que o plano da nova versão do Instagram seja cancelado. O grupo aponta que o aplicativo poderá ser trazes riscos ao bem-estar físico, emocional e mental de crianças, além de contribuir para o cyberbullying e o uso por adultos que se passam por crianças.
Segundo os procuradores, a nova versão do Instagram “pode ser prejudicial à saúde e ao bem-estar das crianças, que não estão preparadas para enfrentar os desafios de ter uma conta nas redes sociais”. Eles afirmam ainda que “o Facebook tem falhado historicamente em proteger o bem-estar das crianças em suas plataformas”.
“Parece que o Facebook não está atendendo a uma necessidade, mas sim criando uma, já que essa plataforma atrai principalmente crianças que, de outra forma, não têm ou não teriam uma conta no Instagram. Resumindo, uma plataforma do Instagram para crianças pequenas é prejudicial por inúmeras razões. Os procuradores-gerais pedem que o Facebook abandone os planos de lançar esta nova plataforma”.
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A carta dos 44 procuradores-gerais não traz nenhum prejuízo ao Facebook, mas indica qual caminho deverá ser seguido caso a empresa insista em lançar o aplicativo para crianças. O plano do Instagram para menores de 13 anos foi revelado pelo BuzzFeed e confirmado pela plataforma em março.
O memorando tratava o projeto como uma prioridade, mas, depois, o Facebook afirmou que não tinha prazo para colocá-lo no ar. No documento, o chefe do Instagram, Adam Mosseri, admitiu que crianças já usavam a rede social. A empresa afirmou que deseja criar uma versão sem anúncios e que ofereça mais segurança para este grupo.
“Concordamos que qualquer experiência que desenvolvamos deve priorizar sua segurança e privacidade”, afirmou um representante do Facebook ao The Verge. “Consultaremos especialistas em desenvolvimento infantil, segurança infantil e saúde mental, e defensores da privacidade. Também esperamos trabalhar com legisladores e reguladores, incluindo os procuradores-gerais do país”.
Com informações: Engadget.