Dispositivo permitirá “click no ar” e outras ações para comandar interface visualizada através dos óculos. No futuro, aparelho poderá detectar sinais nervosos para interpretar gestos.
O Facebook anunciou nesta quinta-feira (18) o desenvolvimento de uma “pulseira inteligente” que permitirá controlar o futuro óculos de realidade aumentada da empresa.
Mas ainda há um longo caminho para se tornarem realidade; a expectativa da empresa é que levem até 10 anos para que óculos e pulseiras com esta tecnologia façam parte do dia-dia das pessoas.
“Decidimos compartilhar abertamente essa pesquisa porque queremos ser transparentes para que as pessoas possam falar quais são suas preocupações com essas tecnologias”, disse Sean Keller, diretor de pesquisa em ciência do Facebook.
‘Click no ar’
Imagine não ser necessário tocar em nada para aumentar a intensidade da luz ou o volume de um aparelho de som. Com a pulseira desenvolvida pelo Facebook, esse tipo de ação poderá ser feita apenas por gestos.
Um “click” poderá ser reconhecido pelo acessório e o usuário conseguirá navegar na internet apenas com comando feitos pelas mãos. Com o uso em conjunto com óculos de realidade aumentada, tudo poderá ser visualizada instantaneamente, sem a necessidade de outras telas, como computadores ou smartphones.
“O futuro da interação entre homem e computador exige uma interface excepcionalmente fácil de usar, confiável e privada que nos permita estar completamente presentes no mundo real o tempo todo”, disse o Facebook, em comunicado.
Existe a possibilidade, inclusive, de fazer a digitação como em um teclado virtual. Qualquer superfície plana poderia virar um local para digitar textos.
Gestos ao invés da voz
A empresa diz que a sensibilidade do dispositivo é bem alta e que pode compreender movimentos de apenas 1 milímetro nos dedos e até “sentir apenas a intenção de mover um dedo”.
“O que estamos tentando fazer com as interfaces neurais [pulseira] é permitir que você controle a máquina diretamente, usando a saída do sistema nervoso periférico – especificamente os nervos fora do cérebro que animam os músculos das mãos e dos dedos”, afirmou Thomas Reardon, diretor de interfaces neuromotoras do Facebook.
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