Tudo começou em 2005, com o Google adquirindo uma empresa chamada Android e com o HTC Dream como o primeiro smartphone a rodar oficialmente esse sistema operacional, já no final de 2008. Desde então o robozinho verde ficou cada vez mais famoso e não parou mais de crescer, dando início a inúmeras versões de Android para aparelhos com configurações de hardware diferentes de vários fabricantes.
As várias versões lançadas até agora trazem suas vantagens e limitações que são determinantes na hora da compra, mas você sabe quais são? Neste tutorial, vamos conhecer cada uma delas e entender o que evoluiu de uma para outra.
É interessante notar que todas as versões recebem nomes de doces em ordem alfabética, onde as letras A e B seriam as versões beta 1.0 e 1.1, não lançadas ao público, supostamente chamadas de Apple Pie (opa! olha a concorrêcia) e Banana Bread, então vamos lá!
Indice
1.5 (Cupcake):
Primeira versão oficial do Android, tinha as capacidades básicas de copiar e colar textos, usar widgets, Youtube, algumas animações básicas e gravar vídeos com a câmera. Não está mais presente em nenhum aparelho disponível para venda.
1.6 (Donut):
Lançada no final de 2009, adicionou o suporte a resoluções de tela maiores (até 480×800 pixels), nova interface para os aplicativos de câmera e recursos de pesquisa por voz. O grande representante dessa versão é o Sony Ericsson Xperia X10.
2.0/2.1 (Eclair):
Lançada praticamente um mês depois da versão 1.6, trouxe uma interface desenhada do zero, suporte a câmeras com flash e um novo e mais eficiente aplicativo de gerenciamento de contatos. É nessa versão que os grandes nomes do Android começaram a aparecer, como o Motorola Droid (ou Milestone, como é conhecido aqui no Brasil) e Google Nexus One (o famoso Googlephone que, segundo a empresa, apresenta uma experiência pura do Android, sem modificações de frabicantes).
Dentre os recursos adicionados, temos um contraste maior de tela (que era baixo mesmo para um hardware muito bom nas versões anteriores), melhor resolução de tela, melhorias na câmera, multi-touch (vários toques na tela ao mesmo tempo) e wallpapers animados.
2.2 (FroYo – Frozen Yogurt):
Lançado em meados de 2010, tornou o sistema 450% mais rápido comparado às versões anteriores, segundo o Google. Trouxe um motor melhor de Javascript (o v8, mesmo do Google Chrome) para o navegador padrão, compartilhamento de conexão 3G por Wi-fi ou USB (conhecido como “tethering”), atualizações automáticas de aplicativos pelo Android Market, mas os dois recursos que mais chamaram a atenção por serem requisitados há tempos pelos usuários foram o suporte a resoluções altíssimas (320 dpi, ou pixels por polegada, próximo à tecnologia Retina Display utilizada no iPhone 4) e um dos carros-chefe na concorrência contra a Apple: o suporte a tecnologia Flash, da Adobe.
Ainda hoje é uma das versões mais populares do mercado e é a versão padrão de vários smartphones e tablets (como o Samsung Galaxy Tab de sete polegadas).
2.3 (Gingerbread):
Versão lançada no final de 2010 junto com o Nexus S, o mais novo Google Phone até então, incluindo suporte a NFC (Near Field Communication), VoIP (que muitos usuários reclamaram nas versões anteriores) inclusive com video conferência, já que foi adicionado o suporte a câmeras frontais, interface mais enxuta e bem acabada.
Com essa versão as atualizações se tornaram mais comuns, e aparelhos mais antigos, como o Galaxy S, Nexus One e Xperia X10 receberam as novidades. Outros aparelhos com um hardware um pouco mais parrudo, como o Galaxy S II e Xperia Arc, já vem com essas versões pré-instaladas.
3.0/3.1/3.2 (Honeycomb):
Lançado em fevereiro de 2011, essa é uma versão otimizada para tablets, sendo apresentada pela primeira vez rodando em um Motorola Xoom e em seguida no Samsung Galaxy Tab 10.1.
Essa edição extraiu todo o poder de processamento (afinal, tablets possuem especificações mais exigentes que os smartphones) e do tamanho de tela natural dos tablets, como suporte a abas no navegador, duas barras (uma em cima, para gerenciar o sistema e outra em baixo com relógio e botões de atalho), aceleração de vários formatos de vídeo via hardware e suporte aos novos processadores de vários núcleos (baseados no Cortex-A9).
4.0 (Ice Cream Sandwich):
Lançado em novembro de 2011, mas anunciado desde a maio no Google I/O juntamente com o Google Music, essa versão do Android foi desenvolvida para unificar os tablets e smartphones existentes em uma única versão, em vez de ter o desenvolvimento separado para ambos (versões 2 e 3, respectivamente).
Essa nova versão trouxe uma interface muito bem acabada, controle de tráfego de internet (importante caso você tenha um plano 3G com limite de dados), edição simples de vídeos e fotos (via LiveEffects), Android Beam para compartilhamento de dados via NFC, destravamento de tela por reconhecimento facial e muitos outros recursos.
Agora que você conhece todas as versões de Android sabe o que vai obter quando comprar um aparelho com qualquer uma delas. O Canaltech recomenda que você saiba se o seu aparelho irá ser atualizado para as versões mais recentes antes de comprá-lo também, para não ficar na mão!
Gostou dessa matéria?
Inscreva seu email no Canaltech para receber atualizações diárias com as últimas notícias do mundo da tecnologia.
Comentários