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Pois é amigos, nós recebemos um Motorola Xoom 2 Media Edition para testes. O tablet conta com display de 8,2 polegadas e resolução de 1280 x 800 pixels, processador dual-core de 1.2 GHz, 1 GB de RAM e 32 GB de espaço interno. Há também uma câmera traseira com cinco megapixels, três alto-falantes e o Android que cuida disso tudo é a versão Honeycomb (3.2). Será que tudo isso vale a pena como um hub multimídia?
Este modelo é o exato sucessor do primeiro Xoom, que vinha com 10 polegadas de tela, algo similar ao iPad. Por aqui não há nenhuma conexão 3G, mesmo que o espaço do cartão SIM (conhecido como chip) esteja presente. Enfim, vamos ao aspectos físicos do aparelho.
O tamanho reduzido, em comparação com o próprio Xoom e o iPad, torna o tablet mais confortável para segurar, principalmente pelas bordas emborrachadas que tendem a não pressionar muito os dedos. Na parte traseira há minúsculos parafusos que podem ser abertos com uma chave tork. É estranho, mas passa uma sensação de firmeza.
A câmera que tira fotos de até 5 megapixels (2592х1944 pixels) com flash LED e filma em 720p com 30 quadros por segundo está no topo da parte traseira. Ainda nesta posição, há os botões de volume e ligar/desligar a tela.
Nas laterais não há nada, mas no topo há dois falantes, emissor de infravermelho – que funciona como emissor para app que transforma o produto em um controle remoto universal – e saída para fones de ouvido.
Na outra lateral há outro falante, porta microUSB, microHDMI e uma pequena portinha que dá acesso ao cartão microSD e ao SIM (chip), que não está aberto neste modelo.
Na frente encontramos a grande tela de 8.2 polegadas, que tem proteção contra respingos e é resistente (Gorilla Glass), além do sensor de luminosidade e a câmera frontal, com resolução de 1.3 megapixels.
Indice
Tá, e o que eu faço com tudo isso?
O objetivo da empresa não era lançar um tablet qualquer para incluir na lista destes aparelhos com o Android, mas mesmo com algo diferente ela ainda cai no balde de produtos idênticos. A Motorola resolveu criar uma experiência multimídia bem superior por aqui, com foco em filmes e músicas. Estes dois pontos são visíveis pelos alto-falantes estéreo (raridade em tablets) e no terceiro deles, que faz o papel de um – muito fraco – subwoofer. Isso significa que ele deve, ao menos, oferecer graves mais fortes do que seus concorrentes.
Resultado? Não há muita mudança. O ganho no volume é perceptível, mas nenhuma barriga tremeu – muito menos o tablet – com os graves de algumas canções ou filmes. Pior, como há dois falantes de um lado só, o som fica sempre concentrado no lado esquerdo da tela.
Como um tablet que quer oferecer uma experiência de vídeo acima da concorrência, resolvemos testar a reprodução de mídia em 720p e também em 1080p. Em ambos os testes o reprodutor padrão de vídeos não travou.
Se você curte números exatos, aqui vão os resultados de benchmark do tablet:
Gadget Quadrant Standard Nenamark 1 (fps) Nenamark 2 (fps) AnTuTu Benchmark Motorola Xoom 2 ME 2527 18.8 29.2 5680
A bateria do pequeno tablet dura exatamente o que a Motorola promete. As seis horas de navegação via Wi-Fi e reprodução de vídeos são respeitadas à risca, mas abra um jogo qualquer – até os mais simples – e dizer que ele dura quatro horas já é elogio. Se você utiliza apenas a navegação e edição de um texto aqui e outra planilha ali, respondendo e-mails e checando o Twitter, fique tranquilo que as seis horas funcionam.
Android com recheio de que?
Este Android é o Honeycomb, primeira versão do sistema operacional móvel do Google perfeitamente adaptado para telas de alta resolução dos tablets, que recebeu o nome da sobremesa favo de mel. Para diferenciar o Xoom 2 ME dos outros Androids do mercado, a Motorola incluiu alguns programas e jogos já de fábrica.
Destaque fica para o Netflix, alguns jogos, o Motocast (que faz troca de arquivos entre computador e tablet por meio da conexão Wi-Fi), o Skitch (que permite desenhar qualquer coisa em mapas, fotos ou até criar um desenho novo, no melhor estilo Paint do Windows), QuickOffice HD (não é o completo, ou seja, apenas abre os documentos, planilhas e apresentações) e o Twonky, que é uma espécie de cliente para DLNA.
Fotos, ele tira fotos?
Sim, mas como acontece em qualquer tablet, a qualidade não é próximo do que encontramos em smartphones. A câmera tem cinco megapixels de resolução, que filma em HD (720p).
Foto tirada com o Motorola Xoom 2 Media Edition
E ai, vale a pena?
Por mais que a Motorola tenha recheado o tablet de aplicativos, ele ainda está num cesto em que tablets com o sistema operacional do Google moram. Os três falantes fazem um bom serviço, mas reproduzir mais som de um lado do que de outro é bastante incômodo. Parece que o estéreo não está funcionando direito.
O aparelho custa em média R$ 1.599. Este preço está acima do iPad 2 com 16 GB, que custa R$ 1.399 direto no site da Apple do Brasil, e mais barato nas importações que você pode fazer por conta própria. A fabricação do tablet é nacional, então o que justifica o alto valor final?
Se você quer um tablet com som mais alto, vale a pena. Se não, fique com o Galaxy Tab 10.1 ou até o ASUS Eee Pad Tranformer.
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