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Análise do Jogo: Rhythm Heaven Fever – Canaltech

Análise do Jogo: Rhythm Heaven Fever Canaltech

Já foi o tempo em que a música era apenas um item a se destacar em um jogo, e muitos deles fazem uso contínuo de músicas e canções para entreter entusiastas dos videogames há algum tempo. Mas é interessante notar que a indústria de games evoluiu para o desenvolvimento desses jogos de duas formas.

Se por um lado temos populares franquias como Guitar Hero e Rock Band, que seguem o legado da música pop para recriar ritmos de canções conhecidas através de instrumentos próprios, por outro temos aqueles que exploram as possibilidades, incorporam ideias a músicas e mecânicas próprias, resultando em algo extremamente criativo e inovador.

E é desse grupo que Rhythm Heaven Fever faz parte, trazendo uma verdadeira experiência musical.

São 50 músicas (fases) no total, sendo 10 delas remixes das fases anteriores, reunindo várias canções de uma única vez. E sim, essas 10 são bem difícieis de acertar logo de primeira. Mas não se assuste, já que Rhythm Heaven é um jogo extremamente familiar, traz ambientes e personagens saídos direto de um desenho animado e não te fará suar frio para encarar os desafios.

Quando ritmo significa A+B

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As fases envolvem desafios divertidos e engraçados, como um casal no parque, em que o rapaz deve chutar as bolas que vêm em sua direção para não atrapalhar seu encontro; um macaquinho que te joga uma bola de golfe e você deve encaçapá-la no buraco em uma ilha distante; ou quatro porquinhos que giram as cadeiras do escritórios para agradar a diretoria – apenas leia, não tente encontrar uma razão para tudo isso.

A proposta de Rhythm Heaven Fever é exatamente essa: se a metade da alma do jogo está em fases com desenhos non-sense, outra metade está nas mecânicas rítimicas que o jogo propõe. Depois de versões para o Game Boy Advance, e o Nintendo DS, como ficariam os controles na versão exclusiva do Wii?

Se você logo de cara achou que o jogo utilizaria os sensores de movimento dos controles do aparelho, como algum game de dança Just Dance da vida, está muito errado. A proposta aqui é outra, e as fases são compostas por tentativas de erro e acerto do botão A, ou a junção de A+B, para acertar o compasso da música.

Ao mesmo tempo que isso parece simplficar muito do que se espera de um jogo cheio de gingado e ritmo, pode também complicar as coisas a maneira com que vamos encarando os desafios.

Ritmo (im)preciso

A maior dificuldade de Rhythm Heaven Fever, por incrível que pareça, está em ser um jogo simples e fácil para a maioria dos jogadores. Nem sempre apertar os botões necessários vai te fazer acertar os ritmos no momento certo, e isso acaba sendo um pouco frustrante com o passar das músicas.

Às vezes, as fases podem trazer ritmos que nem sempre são interessantes o suficiente para se seguir, e acabamos por vezes decorando o que cada música nos pede – imagine o pensamento na sua mente “agora é tum-tum, e depois tum-tum-pá, e aí vem tum-pis-tum” – como se fosse uma sequência.

Isso acaba comprometendo o divertimento final do produto, que por mais que tentamos nos entreter com todo o resto que ele nos oferece, acabamos por nos decepcionar com esse ponto. O que seria subjetivo e intuitivo acaba se tornando chato, repetitivo, e torna o processo todo mecânico e sem graça. E com certeza essa não era a intenção deste jogo.

Conclusão

Infelizmente, Rhythm Heaven Fever não é um jogo que conseguiu superar as expectativas. Seu maior êxito está em trazer elementos da cultura oriental, de uma maneira original, que mesmo não sendo muito bem executados trazem um novo respiro a uma era com jogos em que a violência predomina, com tiroteios, guerras e combates armados.

Gráficos: 6 Som: 8,5 Jogabilidade: 5 Diversão: 6,5

Nota Geral: 6

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