Plataforma: Xbox 360, PlayStation 3 Desenvolvedor: CyberConnect 2 Distribuidor: Capcom Gênero: Ação, Aventura
Mitologia hindu, com uma mescla de hinduísmo, ficção científica, batalhas entre deuses e muita, muita, pancadaria. Essa é a receita de Asura’s Wrath, da Capcom, que surpreendeu os gamers que imaginavam que o jogo seria apenas um God of War mais oriental.
No game, você encarna o personagem homônimo, um dos oito generais de Deus (não o cristão) em uma batalha contra uma entidade chamada Gohma. Depois da treta, seus amigos decidem trair você, sequestram sua filha e te deixam em uma prisão dimensional por mais de 12 mil anos.
Quando Asura finalmente consegue escapar do confinamento do Naraka, ele tem motivos de sobra para querer quebrar todos os antigos amigos na porrada. E é isso que acontece. O game mais parece uma gigantesca sequência de CGs (computer graphics, ou seja, as animações entre a ação), permeada por QTE (quick time events – aqueles momentos que um botão aparece na tela e você tem que apertar no momento certo) e alguns momentos de jogo, propriamente dito.
Embora seja um semideus da fúria, Asura bem poderia ser a divindade do exagero. Como o game trata de mitologia, os produtores decidiram dar a tudo proporções épicas. Espere por inimigos maiores do que o próprio planeta e personagens capazes de fazer façanhas homéricas com apenas partes do corpo. O potencial para realizar algo, teoricamente, impossível, está presente em todo mundo, e as proezas de Asura não param de surpreender o jogador ao longo do game.
É nessa atmosfera de exagero e no enredo, bem amarrado, que AW cativa o jogador. Embora o game não tenha combates tão elaborados como outros jogos com propostas similares, como Ninja Gaiden, Devil May Cry e o próprio God of War, a maneira como ele é apresentado ao jogador não dá espaço para comparações.
A história linear e a trama interessante fazem com que o jogador não desgrude os olhos da TV durante um minuto sequer e fique sempre querendo saber o que vai acontecer no próximo capítulo (porque o game é dividido em episódios, quase como um seriado).
Os efeitos sonoros e a direção de arte também colaboram para tornar Asura’s Wrath uma experiência única. O game não é muito longo, mas vale a experiência de jogar algo completamente diferente do que se está acostumado. A crítica preferiu, muitas vezes, classificar AW como experiência multimídia do que como jogo propriamente dito, já que o gameplay fica em segundo plano com relação ao enredo. Independente de qual seja o rótulo, Asura’s Wrath vale pela diversão do inusitado e do exagero e pelos belos cenários e referência a mitologia hindu e budista.
Quem ainda não jogou está perdendo a oportunidade de conhecer uma ótima história e de descer o braço em alguns manés no melhor estilo Dragon Ball Z. Vai encarar?
Gráficos: 9Som: 8,5Jogabilidade: 8Diversão: 9
Nota Geral: 8,5
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