Apple
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2066 Crist Drive, Los Altos, California. É este o endereço onde o jovem Steve Jobs passou a infância e adolescência ao lado de seus pais adotivos, Paul e Clara Jobs. Também foi neste local que, em 1967, os “Steves” Jobs e Wozniak começaram a trabalhar naquilo que se transformaria na Apple alguns anos depois.
Chegar até a casa não é difícil e, se você mesmo quiser fazer o reconhecimento do local, clique na figura abaixo e passeie pelo endereço no Google Street View.
A casa está bem conservada e a famosa garagem continua intacta. A típica rua de subúrbio é tranquila e, ao contrário do que imaginávamos, não encontramos nenhum outro turista maluco em busca dos rastros do mentor da Apple. Mas, de repente, percebemos um movimento em uma das janelas da residência: era uma simpática senhora que, ao perceber que estávamos fotografando sua casa, começou a nos observar.
Fomos até ela, pedimos desculpas e perguntamos seu nome: “Marilyn”, respondeu. E será que muita gente aparecia por lá? Ela disse que sim, mas que as pessoas não costumavam ser inconvenientes ou atrapalhar a sua rotina. Aproveitando o contato, perguntamos se poderíamos entrar na mitológica garagem. “Não! Tem um carro lá e ele ocupa todo o espaço, não daria nem para você tirar uma foto”.
Com medo de sermos os primeiros chatos a pentelhar a pobre velhinha, agradecemos e nos despedimos. Tiramos mais algumas fotos (veja na galeria abaixo – ela não se deixou fotografar em nenhum momento!), demos uma volta pela vizinhança (muito simpática, por sinal) e pegamos o caminho de volta para São Francisco, onde estávamos baseados.
E foi só ao chegarmos de volta ao hotel que descobrimos: a Sra. Marilyn era ninguém menos que Marilyn Jobs, a mulher que casou-se com Paul Jobs depois que Clara, mãe adotiva de Steve, morreu…
A Apple não foi a primeira grande empresa do Vale do Silício a ter surgido em uma garagem. A HP também nasceu em um espaço bem parecido, em 1939. Mas isso é assunto para o capítulo de amanhã. Acompanhe conosco!
Algumas curiosidades a respeito da garagem da Apple
– Como a própria Marilyn confirmou, a garagem é minúscula! Mas a falta de espaço não impediu que ali trabalhassem até 12 pessoas simultaneamente, nos momentos mais corridos da produção.
– No começo da empresa, (a falta de) dinheiro era um grande problema. Para conseguir um trocado, Wozniak vendeu sua inseparável calculadora HP por cerca de US$ 500 (naquela época, ter uma supercalculadora equivalia a ter um notebook top de linha hoje!). Jobs colaborou com a grana que recebeu ao vender um carro velho.
– O logo original da Apple era uma imagem de Isaac Newton sentado debaixo de uma macieira.
– A mordida da maçã serve para que as pessoas não confundam a fruta com uma cereja, porém serve de analogia para a palavra “bite”, mordida em inglês, referência aos bytes de computação.
– O Apple I custava quase o mesmo que a calculadora que Woz vendeu. O equipamento era oferecido por US$ 666,66. Mas não vá achando que o número tem alguma ligação com “a besta”. O aparelho saía da “fábrica” custando US$ 500, e as lojas obtinham um lucro de 1/3 do valor (US$ 500 + US$ 166,66 = US$ 666,66!).
– Um exemplar do Apple I, computador inteiramente fabricado na tal garagem, foi leiloado recentemente em Londres. A raridade foi arrematada por £133.250 (cerca de R$ 420 mil). Estima-se que cerca de 200 unidades do Apple I tenham sido produzidas, mas a maioria já não existe mais.
– O Apple I tinha apenas 8KB de memória! Para se ter uma ideia, um texto de uma página no Word tem pelo menos o triplo disso.
– Nós não conseguimos entrar, mas Ashton Kutcher conheceu a famosa garagem. A casa serviu de cenário para o filme sobre Steve Jobs, no qual o ator interpreta o ex-CEO da Apple.
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