A demissão dos três comandantes das Forças Armadas foi interpretada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, “como um recado claro de que não querem ser politizadas”.
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Ministro da Defesa pede demissão a Bolsonaro
Mais cedo nesta terça (30/3), Fux conversou com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e disse a interlocutores que o general da reserva pediu demissão porque não era ouvido e “se recusou a politizar as Forças Armadas”.
Depois do telefonema, os três comandantes das Forças Armadas deixaram os cargos: Edson Pujol, do Exército, Ilques Barbosa, da Marinha, e Antônio Carlos Moretti Bermudez, da Aeronáutica.
O presidente do Supremo tem acompanhado de perto a situação e disse a colegas considerar que esse pedido de demissão coletiva foi um “gesto de respeito institucional das Forças Armadas” a Fernando Azevedo.
Apesar da situação ter gerado alerta entre de ministros do Supremo, Fux tem dito que não vê risco de ruptura democrática.
Mas, nas conversas que manteve ao longo do dia, manifestou preocupação com o projeto de lei sobre mobilização nacional – apresentado por um deputado bolsonarista – e disse a interlocutores considerar que ele pode ser inconstitucional.
Especialistas em Forças Armadas, por outro lado, manifestaram preocupação com a saída de Azevedo e dos comandantes das Forças Armadas – trocas que ocorrem na véspera do aniversário do golpe militar de 1964, nesta quarta (31).
Para o professor Juliano Cortinhas, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), a troca de comando do Exército por um general mais alinhado a Bolsonaro seria um sinal ruim para democracia.
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