Com dívidas de 480 milhões de reais, o grupo educacional Metodista pediu recuperação judicial, no Rio Grande do Sul. A empresa tem ainda unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e alega que a crise da Covid-19 foi a gota d’agua na já difícil vida financeira que passou a ter depois das restrições do programa de financiamento estudantil (FIES) e a forte inadimplência dos alunos que se beneficiaram do programa. Os contratos anuais via FIES caíram 86% desde o auge, em 2014. A inadimplência dos contratos chegou a 47%, em 2019. Já a pandemia afetou especialmente o Rio Grande do Sul, onde foram registradas as maiores taxas de evasão com queda de 80% no número de alunos.
Para conseguir se reerguer, a empresa pede ao juiz que, além de conceder a recuperação judicial, proíba os bancos Bradesco, Santander e Banco do Brasil de reterem em contas vinculadas do grupo o dinheiro das mensalidades pagas pelos alunos. Esses direitos creditórios foram dados em garantia de empréstimos, portanto, uma garantia real que não é sujeita à recuperação judicial. Os bancos vinham se abstendo de reter o dinheiro, mas com o pedido de recuperação, isso pode não mais acontecer espontaneamente.
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