Rubi: o grafite foi encontrado em rochas com mais de 2,5 bilhões de anos (Universidade de Waterloo/Divulgação)
Cientistas da Universidade de Waterloo, no Canadá, descobriram sinais de vida em um rubi de 2,5 bilhões de anos. A pesquisa realizada na Groenlândia foi publicada na revista cientifica Ore Geology Reviews em agosto.
A equipe liderada por Chris Yakymchuk, professor de Ciências da Terra e Ambientais em Waterloo, começou a estudar a geologia dos rubis para entender melhor as condições necessárias para a formação das pedras preciosas. A Groenlândia contém os mais antigos depósitos de rubis conhecidos no mundo.
Os pesquisadores examinavam uma amostra de rubi que continha grafite, um mineral feito de carbono puro. A análise das marcas químicas desse grafite indicaram um resíduo de vida antiga. A descoberta apresenta evidências que microrganismos unicelulares teriam habitado o planeta antes do surgimento de seres multicelulares.
“O grafite dentro deste rubi é realmente único. É a primeira vez que vimos evidências de vida antiga em rochas com rubis ”, diz Yakymchuk. “A presença de grafite também nos dá mais pistas para determinar como os rubis se formaram neste local, algo que é impossível fazer diretamente com base na cor e na composição química de um rubi.”
O grafite foi encontrado em rochas com mais de 2,5 bilhões de anos, época do planeta em que o oxigênio não era abundante na atmosfera e a vida existia apenas em microrganismos e películas de algas.
Durante este estudo, a equipe de Yakymchuk descobriu que este grafite não apenas liga a pedra preciosa à vida antiga, mas também era provavelmente necessário para que o rubi existisse. O grafite mudou a química das rochas para criar condições favoráveis para o crescimento do rubi. Sem ele, as maquetes dos pesquisadores indicaram que não seria possível formar rubis neste local.
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