O orçamento cai de R $ 690 milhões para apenas R $ 89 milhões. A decisão é do Ministério da Economia. Marcos Pontes participou de um evento ao vivo com Bolsonaro na noite de quinta-feira (7 de outubro), antes do corte, quando pediu ajuda ao presidente para financiar projetos
A área de pesquisa sofreu forte golpe nesta sexta-feira (8 de outubro). O Departamento de Ciência e Tecnologia teve que cortar 87% de seu orçamento, surpreendendo os milhares de pesquisadores que dispunham de recursos para dar continuidade aos estudos nas mais diversas áreas. A decisão do Ministério da Economia fez com que o orçamento da carteira científica caísse de R $ 690 milhões para apenas R $ 89 milhões.
Apesar da decisão, o Ministério da Economia confirma que a proposta orçamentária para 2022 aumentará os recursos para projetos de pesquisa. No entanto, instituições ligadas à pesquisa e à ciência – incluindo a Academia Brasileira de Ciências, Andifes e Confap – enviaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), uma nota conjunta de protesto contra a decisão de Paulo. ministério comandado de Guedes.
A alteração de 16 PLN, feita hoje no último minuto pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional de acordo com carta enviada ontem pelo Ministro da Economia, atrai os recursos para bolsas e financiamento à investigação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e inviabiliza projetos já planejados do CNPq. É um duro golpe para a ciência e a inovação que prejudica o desenvolvimento nacional. E isso vai na contramão da Lei 177/2021, que foi aprovada pelo Congresso Nacional por ampla maioria.
Ontem, o ministro Marcos Pontes esteve presente no tradicional show ao vivo da quinta-feira do presidente Jair Bolsonaro (sem festa). O responsável pela área de ciência e tecnologia explicou durante a transmissão que a área é fundamental para o desenvolvimento económico e social de um país e que são justamente essas áreas que distinguem as que estão mais avançadas.
O Astronauta disse então que seriam necessários maiores investimentos em algumas áreas e até mesmo, em tom bem-humorado, instou o presidente a liberar mais recursos. Eu gostaria de sua ajuda, presidente. Bolsonaro riu e disse que Pontes estava aprendendo a se tornar político.
