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Equipe de esports recebe US$ 210 milhões de empresa de criptomoedas

A equipe de esports TSM — a Team SoloMid — fechou um acordo de US$ 210 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) com a FTX, uma corretora de criptomoedas baseada em Hong Kong, e anunciou a mudança do nome do time para TSM FTX. A informação foi revelada na última sexta-feira (4) pelo The New York Times. A novidade, porém, não agradou a Riot Games, que proibiu a organização de usar a nova nomenclatura em campeonatos oficiais de League of Legends e Valorant.

Equipe de League of Legends da TSM (Imagem: Reprodução/Twitter @TSM)

Equipe de League of Legends da TSM (Imagem: Reprodução/Twitter @TSM)

A TSM vai continuar usando o título TSM FTX em perfis de redes sociais e em torneios de outros jogos nos quais a organização conta com line-ups. A única restrição até o momento é não poder usar o nome da patrocinadora FTX em camisetas ou transmissões ao vivo da Riot Games.

Ao Dot Esports, o líder de esports da Riot Games na América do Norte e Oceania, Chris Greeley, explicou que o acordo entre a TSM e a FTX violaria os regulamentos da desenvolvedora sobre parcerias que envolvam pagamentos em criptomoedas. A LCS — League Championship Series — de LoL até permitiu a participação da equipe na competição, com a condição de não usar o nome da corretora.

“O acordo de patrocínio da TSM e da FTX não quebra nenhuma regra de conduta esportiva da LCS, mas negociações em criptomoedas entram em uma categoria de patrocínio com restrições”, disse Greeley. “Como resultado, a nova nomenclatura da TSM e a aplicação da marca FTX nas camisetas da organização não valerão na LCS ou em outros esports da Riot Games na América do Norte”, concluiu.

De acordo com um representante da TSM, a restrição da Riot Games foi considerada logo no início do acordo com a FTX. Contudo, nas redes sociais da equipe, falava-se que todos os jogadores, incluindo os pro player de League of Legends e Valorant, iriam usar o nome da patrocinadora nos apelidos dentro das partidas.

No Reddit, o CEO da TSM, Andy “Reginald” Dinh, afirmou que iria respeitar as regras da Riot Games e ainda garantiu o apoio da FTX aos cyber atletas. “A FTX continuará patrocinando nossos jogadores de LoL e Valorant em eventos nas redes sociais, streamings ao vivo e presenciais, que têm mais visibilidade do que as transmissões da Riot”, afirmou Dinh.

O acordo entre TSM e FTX começou no Twitter

A parceria entre a TSM e a FTX foi mais cara do que muitos acordos fechados por times de esportes tradicionais para terem seus nomes ligados a estádios e arenas. Em comparação, outro contrato que paga os mesmos US$ 21 milhões por ano é o acordo entre o Citibank com a equipe de baseball New York Mets.

Para o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, há um paralelo entre a corretora e um time de esportes eletrônicos como a TSM. Após trocar alguns tweets com Andy Dinh, Bankman-Fried disse que o esport “pegou uma indústria gigante e a reimaginou na era digital”. Ele ainda defendeu que essa mesma transformação estaria acontecendo com o mercado financeiro após a chegada das criptomoedas.

A ideia inicial de Dinh era somente investir na FTX, mas o acordo da mudança de nome foi sugerido rapidamente. De acordo com o CEO da TSM, a parceria entre as empresas deve resultar em salários melhores para os jogadores e novas contratações de cyber atletas considerados valiosos. Dinh também pretende abrir escritórios da organização em outras regiões do mundo, como China, Europa e América do Sul.

Com informações: Dot Esports, The New York Times.

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