A Valve aparentemente está trabalhando em um computador portátil seguindo o mesmo caminho trilhado pelo Nintendo Switch, só que para rodar os games da própria plataforma. Os boatos apontam para SteamPal como nome do dispositivo e o Linux deve ser seu sistema operacional para rodar os games otimizados para ele.
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Steam, da Valve (Imagem: reprodução)
Não, essa não é a primeira vez que a Valve tenta entrar no mundo do hardware. Poucos anos atrás ela criou uma ideia chamada Steam Machine e o objetivo do produto era de estar dentro de uma seleção de hardware para rodar games de forma otimizada. Mais ou menos como um console tradicional faz, mas com grande variedade de peças internas alterando as capacidades de cada aparelho.
Não deu certo, mas isso parece não ter impedido a gigante da venda de games para PC pensar em algo semelhante. Agora, anos depois, o site Ars Technica diz ter múltiplas fontes próximas ao assunto garantindo que este computador idealizado pela empresa ainda existe, mas desta vez em formato portátil, com controles embutidos e tela de toque. Exatamente como fez a Nintendo quando lançou o Switch em 2017.
Ainda não está claro se a Valve abrirá o projeto para outras empresas parceiras criarem uma solução com base nela, ou se desenvolvedora fará tudo – em um movimento muito comum nos consoles como o PlayStation, Xbox ou mesmo o Nintendo Switch. O site apenas afirma que o SteamPal está atualmente em estágio de protótipo, sem chutes sobre o hardware presente.
Outra informação importante é a presença de uma porta USB-C para conectar o SteamPal em uma base para enviar a imagem para uma TV ou monitor, também seguindo a mesma ideia do Nintendo Switch. Além disso, as fontes apontam a presença do Linux como sistema operacional, mas não está claro se ele será apenas uma base para o SO escolhido, como faz o Android, ou se uma espécie de Ubuntu ou Fedora completo estará presente no SteamPal.
SteamPal pode ser produzido como o Valve Index
De qualquer forma, se as Steam Machines não encontraram o sucesso esperado, a Valve já acertou recentemente neste segmento de hardware quando mudou a estratégia e controlou a produção do Index. Este produto é um óculos para realidade virtual que faz mais ou menos as mesmas coisas que seus concorrentes, mas cobrando caro por isso.
O Index é um kit para fechar a experiência mais imersiva em realidade virtual, pois o produto é vendido com um controle para as mãos e duas estações base. As telas contam com resolução de 1.600 x 1.440 pixels em cada olho e ambas exibem conteúdo em até 144 Hz. Já os joysticks contam com 87 sensores para captura de movimentos das mãos, tudo isso custando US$ 999 no lançamento.
Não existe previsão de lançamento do SteamPal, nem mesmo sabemos se ele sairá do estágio de protótipo e seguirá para um produto com acabamento para o consumidor final. Um detalhe importante sobre ele pode ter aparecido em uma conversa de Gabe Newell, um dos fundadores da Valve, em uma escola da Nova Zelândia, quando o executivo comentou “Você terá uma ideia melhor sobre isso no final deste ano (…) e não será a resposta esperada”.
A frase saiu de Newell após o executivo ser questionado justamente sobre planos da Valve para o desenvolvimento de um console.
Com informações: Ars Technica.