Plataforma: PS3, Xbox 360 Desenvolvedor: Project Soul Distribuidor: Namco-Bandai Gênero: Luta
Soul Calibur é um velho conhecido de quem gosta de jogos de luta 3D. A série, que começou com Soul Edge, nos idos 1996 no primeiro PlayStation, fez sucesso por trazer inovações como a possibilidade de derrubar adversários do ringue e um combate com armas.
Hoje, quase 20 anos depois, a quinta versão da franquia continua fazendo sucesso e agradando fãs antigos e novatos.
A história de Soul Calibur V se passa 17 anos após o jogo anterior. A espada maligna, Soul Edge, está de volta e procura um “hospedeiro” que lhe possa dar novas almas e assim garantir seu poder de devastação ao mundo dos homens. Como sempre, os heróis estão prontos para enfrentá-la.
O jogo traz vários personagens novos, mas deixa alguns rostos conhecidos de lado. A história central gira em torno de Patroklos e Pyrra, filhos de Sophitia, mas, além deles, traz: Natsu, o sucessor da ninja Taki; Yan Lexia, filha da chinesinha Xianghua; Xiba, um lutador de bastão, que chega para ocupar o lugar de Kilik; Z.W.E.I, um misterioso personagem que tem um “espírito guardião” que luta com ele, e Viola, uma vidente com uma “bola de cristal” um tanto quanto perigosa.
Soul Calibur também conta com um personagem convidado. Depois de Darth Vader, Yoda, The Apprentice (de Star Wars: The Force Unleashed) e Link (Zelda), o assassino mais pop do mundo dos games, Ezio Auditore da Firenze se torna parte do elenco do game. Muito mais equilibrado que seus antecessores, Ezio se encaixa perfeitamente na atmosfera épica de SCV e sua performance no campo de batalha não decepciona quem gosta de Assassin’s Creed.
No caso de nenhum dos personagens a disposição agradarem, o jogo conta ainda com um completo modo de criação de lutadores. Altamente customizável, você pode criar seu herói como bem entender e escolher um dos estilos de luta disponível para sair sentando a pau nos adversários.
Na mecânica do game, a principal novidade fica por conta da Critical Gauge. A famosa barra de especial. Ela permite aos jogadores efetuar o Critical Edge, um ataque devastador que pode tirar até 40% da barra de vida do seu adversário, e o Brave Edge, uma série de golpes “normais”, em versão mais forte.
A Critical Gauge dá um tempero novo ao game e, embora não tenha agradado os fãs mais xiitas da série, deixa SCV mais próximo de outros games de luta conhecidos do mercado, sem perder a identidade própria da série.
A ambientação de SCV, como dos games anteriores da série, é de cair o queixo. As arenas são incrivelmente detalhadas e a música dá aos jogadores a sensação de que, em cada luta, o destino do planeta está sendo decidido. Aliás, este é um dos poucos games da série que conta com um narrador que ajuda a dar um clima épico ao início das batalhas.
Além do modo Story, o menu conta com Quick Battle, em que você pode confrontar qualquer oponente para liberar novos troféus e itens dos personagens, batalhas contra o tempo no Time-Trial do modo Arcade e um modo online.
Mas nem tudo são combos, SCV também tem falhas. O modo tutorial não é muito completo e não explica ao jogador algumas mecânicas do jogo, como a mudança do sistema de defesa. Agora, não basta apenas se proteger do golpe, a defesa está divida em Just Guard e Parry.
Enquanto o primeiro modo é uma defesa rápida que exige precisão (e ele não é tão efetivo), já o segundo traz uma defesa específica, com um comando para cada personagem, que inutiliza o golpe do adversário e gasta um pouco de sua barra de especiais.
De maneira geral, Soul Calibur V agrada quem gosta de jogos e luta, ou da franquia Namco, e não decepciona jogadores novatos. Embora, nos dois casos, é preciso pegar alguma experiência com o game até que ele revele seu verdadeiro “charme”. A luta pela posse das espadas épicas continua, mas nunca foi tão variada e divertida de se ver como agora. Aproveite.
Gráficos: 9Som: 8Jogabilidade: 8,5Diversão: 9
Nota Geral: 9
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